sexta-feira, 24 de agosto de 2007

BABYLON


Babylon
Zeca Baleiro
Composição: Zeca Baleiro


Baby, I'm so alone

Vamos pra babylon

Viver a pão-de-ló e möet chandon

Vamos pra babylon

Vamos pra babylon

Gozar sem se preocupar com amanhã

Vamos pra babylon

Baby, baby, babylon

Comprar o que houver au revoir ralé

Finesse s'il vous plait mon dieu je t'aime glamour

Manhattan by night

Passear de iate nos mares do pacífico sul

Baby, I'm alive like a rolling stone

Vamos pra babylon

Vida é um souvenir made in hong kong

Vamos pra Babylon

Vamos pra Babylon

Vem ser feliz ao lado desse bon vivant

Vamos pra Babylon

Baby, baby, Babylon

De tudo provar: champanhe, caviar

Scotch escargot rayban bye bye miserê

Kaya now to me. o céu seja aqui

Minha religião é o prazer

Não tenho dinheiro pra pagar a minha yoga

Não tenho dinheiro pra bancar a minha droga

Eu não tenho renda pra descolar a merenda

Cansei de ser duro vou botar minh'alma à venda

Eu não tenho grana pra sair com o meu broto

Eu não compro roupa por isso que eu ando roto

Nada vem de graça. nem o pão. nem a cachaça

Quero ser o caçador, ando cansado de ser caça

Não tenho dinheiro pra pagar a minha yoga

Não tenho dinheiro pra bancar a minha droga

Eu não tenho renda pra descolar a merenda

Cansei de ser duro vou botar minh'alma à venda

Eu não tenho grana pra sair com o meu broto

Eu não compro roupa por isso que eu ando roto

Nada vem de graça. nem o pão. nem a cachaça

Quero ser o caçador, ando cansado de ser caça

Ai morena viver é bom,

Esquece as penas vem morar comigo em Babylon

NALGUM LUGAR


Nalgum Lugar
Zeca Baleiro
Composição: E. E. Cummings


Nalgum lugar em que eu nunca estive, alegremente além

De qualquer experiência, teus olhos têm o seu silêncio:

No teu gesto mais frágil há coisas que me encerram,

Ou que eu não ouso tocar porque estão demasiado perto

Teu mais ligeiro olhar facilmente me descerra

Embora eu tenha me fechado como dedos, nalgum lugar

Me abres sempre pétala por pétala como a primavera abre

(tocando sutilmente, misteriosamente) a sua primeira rosa

Ou se quiseres me ver fechado, eu e

Minha vida nos fecharemos belamente, de repente

Assim como o coração desta flor imagina

A neve cuidadosamente descendo em toda a parte;

Nada que eu possa perceber neste universo iguala

O poder de tua intensa fragilidade: cuja textura

Compele-me com a cor de seus continentes,

Restituindo a morte e o sempre cada vez que respira

(não sei dizer o que há em ti que fecha E abre;

só uma parte de mim compreende que a

Voz dos teus olhos é mais profunda que todas as rosas)

Ninguém, nem mesmo a chuva, tem mãos tão pequenas

POR AÍ


Por Aí
Nei Lisboa
Composição: Indisponível


Lembra do quanto amanhecemos

Com a luz acesa

Nos papos mais estranhos

Sonhando de verdade

Salvar a humanidade

Ao redor da mesa

Sábias teses e ilusões sem fim

Ying, Jung, I Ching e outras cabalas

Procurando deus entre as folhagens do jardim

Que tolos fomos nós, que bom que foi assim

Que achamos um lugar pra ter razão

Distantes de quem pensa que o melhor da vida

É uma estrada estreita e feita de cobiça

Que nunca vai passar por aqui

Lembra de longas primaveras

De andar pela cidade

Saudando novas eras

Sonhando com certeza

Salvar a natureza

Ao final da tarde

Cegas crenças, lixo oriental

Ying, Jung, I Ching e outras balelas

Procurando deus entre as macegas do quintal

Seremos sempre assim, sempre que precisar

Seremos sempre quem teve coragem

De errar pelo caminho e de encontrar saída

No céu do labirinto que é pensar a vida

E que sempre vai passar por aí

Auras, carmas, drogas siderais

Ying, Jung, I Ching e outras viagens

Procurando deus entre delírios dos mortais

Seremos sempre assim, sempre que precisar

Seremos sempre quem teve coragem

De errar pelo caminho e de encontrar saída

No céu do labirinto que é pensar a vida

E que sempre vai passar

Sempre vai passar por aí

HEIN?!


Hein?!
Nei Lisboa
Composição: Indisponível


Nasci de uma família pobre

E rodei pelo mundo procurando alguém

Que me dissesse o que fazer

E me desse uma chance de vencer

Um inimigo invisível que eu tinha

Cabeça e cauda de dragão, os olhos do Alain Delon

De dia atrás de mim

De noite se escondia no porão

Nasci de uma família nobre

E rodei pelo mundo procurando o bem

Mas sempre tinha um grilo

Sempre tinha um filho

Que não era de ninguém

Bebia todo o vinho do sermão

E achava até que nem

Mas tudo bem, porém

Um dia aquele cara do porão

Cruzou no meu caminho

E veio perguntar qualé?

Meu amigo, a felicidade move a fé

Por que ninguém quer dar

Ao povo uma colher?

E assim virei apenas um

Virei a madrugada dentro do saloon

Comprei uma guitarra usada

Alguma namorada me passou batom

Durou um tempo, até foi bom

Mas quando eu disse que era o rei

Tirou o copo da minha mão

Me disse: hey, hein?!

Meu amigo, não se desfaça nessa fama

Todo esse mundo do rock'n roll

É ruim de cama

Eles querem diversão e bolo

Eles querem tudo e mais um pouco

Eles querem krig?rá?bandolo

E champaigne

Eles querem frases nos jornais

Eles querem parecer sinceros demais

Eles querem diversão e bolo

Eles querem te fazer de tolo

E eu também

Nasci de uma familia podre

E rodei pelo mundo procurando o mal

Roubei a espada de São Jorge

E uma betoneira pra fazer mingau

De um inimigo invencível

Que eu tinha

O rosto embaixo do chapéu

Pensei que era um vizinho meu

Mas quando olhei na cara dele

Ele era eu

Nasci de uma família pobre

E continuo pobre, continuo igual

Mas já não ligo pra essa porra

A vida é uma gangorraFuncionando mal

Sempre vai pintar alguém

Dizendo que é pro nosso bem

Que sabe um jeito diferente

De fazer neném

Meu amigo, a felicidade é um ovo em pé

Por que ninguém quer dar ao povo

O que ele quer?

MUITO POUCO


Muito Pouco
Maria Rita
Composição: moska


Pronto

Agora que voltou tudo ao normal

Talvez você consiga ser menos rei

E um pouco mais real

Esqueça

As horas nunca andam para trás

Todo dia é dia de aprender um pouco

Do muito que a vida traz.

Mas muito pra mim é tão pouco

E pouco é um pouco demais

Viver tá me deixando louca

Não sei mais do que sou capaz

Gritando pra não ficar rouca

Em guerra lutando por paz

Muito pra mim é tão pouco

E pouco eu não quero mais

Chega!

Não me condene pelo seu penar

Pesos e medidas não servem

Pra ninguém poder nos comparar

Porque

Eu não pertenço ao mesmo lugar

Em que você se afunda tão raso

Não dá nem pra tentar te salvar

Porque muito pra mim é tão pouco

E pouco é um pouco demais

Viver tá me deixando louca

Não sei mais do que sou capaz

Gritando pra não ficar rouca

Em guerra lutando por paz

Muito pra mim é tão pouco

E pouco eu não quero ......veja

A qualidade está inferior

E não é a quantidade que faz

A estrutura de um grande amor

Simplesmente seja

O que você julgar ser o melhor

Mas lembre-se que tudo que começa com muito

Pode acabar muito pior

E muito pra mim é tão pouco

E pouco é um pouco demais

Viver tá me deixando louca

Não sei mais do que sou capaz

Gritando pra não ficar rouca

Em guerra lutando por paz

Muito pra mim é tão pouco

E pouco eu não quero mais

Pouco eu não quero mais.

Pouco eu não quero mais.

CUPIDO


Cupido
Maria Rita
Composição: Cláudio Lins


Eu vi quando você me viu

Seus olhos pousaram nos meus

Num arrepio sutil

Eu vi... pois é, eu reparei

Você me tirou pra dançar

Sem nunca sair do lugar

Sem botar os pés no chão

Sem música pra acompanhar

Foi só por um segundo

Todo o tempo do mundo

E o mundo todo se perdeu

Eu vi quando você me viu

Seus olhos buscaram nos meus

O mesmo pecado febril

Eu vi... pois é, eu reparei

Você me tirou todo o ar

Pra que eu pudesse respirar

Eu sei que ninguém percebeu

Foi só você e eu

Foi só por um segundo

Todo o tempo do mundo

E o mundo todo se perdeu

Ficou só você eu eu

Quando você me viu...

MENINA DA LUA


Menina Da Lua
Maria Rita
Composição: Renato Mota


Leve na lembrança

A singela melodia que eu fiz

Pra ti, ó bem amada

Princesa, olhos d'água

Menina da lua

Quero te ver clara

Clareando a noite intensa deste amor

O céu é teu sorriso

No branco do teu rosto

A irradiar ternura

Quero que desprendas

De qualquer temor que sintas

Tens o teu escudo

O teu tear

Tens na mão, querida

A semente

De uma flor que inspira um beijo ardente

Um convite para amar

CASA PRÉ FABRICADA


Casa Pré-fabricada
Maria Rita
Composição: Marcelo Camelo


Abre os teus armários

Eu estou a te esperar para ver deitar o sol

sob os teus braços castos

Cobre a culpa vã até amanhã eu vou ficar

e fazer do teu sorriso um abrigo

Canta que é no canto que eu vou chegar

Canta o teu encanto que é pra me encantar

Canta para mim qualquer coisa assim sobre você

Que explique a minha paz

Tristeza nunca mais

Vale o meu pranto que esse canto em solidão

Nessa espera o mundo gira em linhas tortas

Abre essa janela primavera quer entrar

pra fazer da nossa voz uma só nota.

Canto que é de canto que eu vou chegar

Canto e toco um canto que é pra te encantar

Canto para mim qualquer coisa assim sobre você

que explique a minha paz

Tristeza nunca mais...