quinta-feira, 16 de agosto de 2007

ELVIS



Mito de Elvis sobrevive 30 anos após sua morte



O mito Elvis Presley permanece bastante presente após os 30 anos da sua morte. O rei do rock morreu no dia 16 de agosto, em Memphis, Tennessee, Estados Unidos, aos 42 anos, vítima de um colapso associado a disfunção cardíaca.

Há duas semanas a revista Rolling Stone retomou a história de que o cantor estaria vivo com um falso nome na Argentina. Na nova tese, ele estaria vivendo às margens do Rio da Prata.
Jorge Daniel Garcia, que atuava como soldado, declarou que um Boeing 747, vindo dos Estados Unidos, chegou a Buenos Aires e um homem com uma forte semelhança com o cantor teria descido da aeronave e seguido para uma limusine, no ano de 1977.
Se Elvis ainda vive, é algo que nunca foi provado, mas sua música e seu mito são imortais. A carreira começou em Memphis, cidade para onde mudou com a família em 1948, e onde até hoje está sua mansão-museu chamada Graceland, local de peregrinação de inúmeros fãs, onde viveu seus últimos momentos.
Foi lanterninha de cinema e motorista de caminhão. Concluiu os estudos em 1953. Nas horas vagas, cantava e tocava seu violão e, eventualmente, arriscava alguns acordes ao piano. Suas influências musicais foram o pop da época, particularmente Dean Martin; além do country e da música gospel.
No dia 5 de julho de 1954, considerado o "marco zero" do rock, Elvis ensaiava algumas músicas, até que, em um momento de descontração, de forma improvisada, começou a cantar That's All Right, Mama. Surgia então o rock 'n' roll. Logo depois surgia Blue Moon of Kentucky e ambas comporiam seu primeiro single. No dia 7 de julho, suas músicas tocaram pela primeira vez na rádio de Memphis, e o sucesso é quase que imediato.
A partir daí, foram surgindo Mystery Train, Baby, Let's Play House, I Forgot to Remember to Forget, Love Me Tender, Jailhouse Rock, Always on my Mind, Suspicious Minds, sucessos no cinema, o fanatismo das fãs, o romance conturbado com Priscila, as parcerias com Frank Sinatra, o envolvimento com drogas, a decadência e a morte, os clones, a reverência, e o apego com sua existência.
Roland Barthes explica o poder dos ícones em sua obra Mitologias. Para ele, "o mito não nega as coisas, apenas as torna inocentes, dando-lhes uma significação natural e eterna. O mito transforma uma contingência histórica em eternidade, imobilizando o mundo".
Isso talvez ajude a explicar por que um homem morto há três décadas ainda mexa tanto com o imaginário das pessoas, pois sua obra ajuda a alimentar o desejo humano pela eternidade. Por isso pode parecer perfeitamente natural que Elvis viva hoje às margens do Rio da Prata, em um disco de vinil velho ou em uma capela de Las Vegas, onde um de seus clones irá celebrar o casamento de dois jovens apaixonados ao som da frase "because i love you too much baby".